sexta-feira, 27 de junho de 2025

O𝒔 𝑰𝒏𝒅í𝒄𝒊𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂 𝑪𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔ã𝒐. 2 - Dois tipos de construtores.

Neste sermão Spurgeon descreve estes dois tipos construtores, o incensato e o prudente. O Primeiro, constroi rapidamente sua sua casa, pois não tem que perfurar uma rocha, e estabelece o seu fundamento sobre a areia. Diz o príncipe dos pregadores: "Se uma dúvida surgir, o homem carnalmente seguro de si a atribui a Satanás e a coloca de lado, mas é sua própria consciência e a voz de alerta do Céu que o convida a atentar para que não seja enganado. Ele nunca oferece sinceramente a oração para que o Senhor sonde e prove seu coração e seus pensasmentos.Sl. 139:23-24. (...) Tal homem não gosta de autoexame e não consegue suportar que lhe digam que deve haver frutos de arrependimento, que aliás, não são condições para ser salvo mas evidências da salvação. Ele fecha os olhos a fatos desagradáveis... ele sonha que é rico e abastado em bens, ao passo que está nú, é pobre e miserável. Infelizmente quando ele despertar, será terrível."

Já sobre o segundo, sobre o prudente, comenta Spurgeon: ... é mais modesto, bem menos autoconfiante" - "maldito o homem que confia no homem" Jer 17.5 - a grande maioria ao citar este versículo se esquece de que a autoconfiança é o vício de um homem que confia no homem." . Quando ora, seu coração lamenta diante de Deus, mas ele teme não orar direito e nunca se levanta sobre seus joelhos satisfeito consigo mesmo. Ele não se satisfaz com a realidade de sua fé, como o outro. "Talvez", diz ele, "no fim de tudo, não seja a fé do eleito de Deus". Ele se examina para saber se está na fé. Treme para que não tenha a forma de piedade, negando o poder dela. Teme as fraudes e enganos... Ele diz: "estou certo de que meu arrependimento é uma verdadeira repugnância ao pecado como pecado, ou apenas derramei uma ou duas lágrimas sob a euforia de um culto de reavivamento? (...) Vocês percebem que esse segundo homem tem exercitado muito a sua alma, esforça-se para entrar no descanso para que, por qualquer meio, não pareça ficar fora dele. Tem muitas lutas, muita ansiedade, muitas sondagens de coração porque é sincero e teme estar enganado.

O reino do Céu sofre violência por parte deste homem; ele descobre a porta e o caminho estreitos e que os justos são salvos com dificuldade. Seja agradecido se você estiver entre esse segundo tipo... Charles Spurgeon, Sermões sobre o Sermão do Monte, pgs. 265-266

²³ Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração,
prova-me e conhece os meus pensamentos;
²⁴ vê se há em mim algum caminho mau
  e guia-me pelo caminho eterno.  
 Salmos 139:23,24 
Amém

O𝒔 𝑰𝒏𝒅í𝒄𝒊𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂 𝑪𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔ã𝒐.1 - 𝑪.𝑺. 𝑳𝒆𝒘𝒊𝒔 𝒆 𝑱𝒉𝒐𝒏𝒂𝒕𝒂𝒏 𝑬𝒅𝒘𝒂𝒓𝒅𝒔 



domingo, 22 de junho de 2025

A palavra e seus inimigos...

Disse o  Senhor que criou todas as coisas por meio de sua PALAVRA: "Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança."  Gênesis 1:26 

Os sábios deste mundo que se debruçam sobre a história do homem afirmam categoricamente não ser concebível uma ordem humana pré-linguística. Nas palavras de Olavo de Carvalho, seria como admitir um coelho “pré-coelhístico”, um gato “pré-gatístico”, o absurdo de um quadrado “préquadradístico”.

(...) "Os profetas entendiam a possibilidade de as mudanças estarem ligadas a extremos emocionais da vida. Percebiam a estranha incoerência entre as convicções públicas e os anseios particulares. Sobretudo entendiam a extraordinária força da linguagem e tinham o poder de falar de modo a despertar a novidade “provocante da palavra” 

Defendemos que uma percepção profética da realidade se fundamenta no conceito de que toda realidade social surge primeiramente através da palavra. O objetivo de todo poder totalitário é justamente silenciar a novidade da linguagem, e, hoje em dia, já temos experiências vividas de que, onde a linguagem é obrigada a silenciar, aí encontramos nossa própria humanidade diminuída." A Imaginação Profética - 1983

                                           Walter Brueggemann, 11/03/1933 - 05/06/2025


sábado, 7 de junho de 2025

A Quase Desconhecida Relação Entre Beethoven e os Reformados.

Estava  numa certa manhã de abril em uma Igreja calvinista e ouvi um tanto surpreso seus músicos e cantores executarem uma releitura (com letra adaptada) de um conhecido refrão, o último movimento da 9ª Sinfonia de Beethoven, "Ode à Alegria"... e o que há de errado nisso, indagariam... O grande problema é que esta obra, (especialmente esta passagem) não foi originariamente concebida como um louvor cristão mas à uma suposta alegria filha de Elísio, o paraíso segundo a Mitologia Grega. Segue a versão original em alemão e a respectiva  tradução para português deste mesmo refrão a título de informação, a quem possa interessar:

"Freude, schöner Götterfunken
Tochter aus Elysium
Wir betreten feuertrunken
Himmlische, dein Heiligtum!
Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt
Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt"

"Alegria, bela centelha dos deuses,
Filha do Elísio
Entramos, ébrios de fogo Celestial, 
em teu santuário!
Teus feitiços voltam a unir novamente 
aquilo que o costume dividiu severamente
Todos os homens se tornam irmãos 
Onde tua asa gentil repousa..."

Houvesse mesmo necessidade de se recorrer aos clássicos, fosse então, por exemplo, a alegria de "Jesus, Alegria dos homens" atribuida a Bach que a incluiu em uma de suas cantatas (na verdade composta por Johann Schop) - outro grande compositor também alemão, que aliás dizem, tinha o piedoso costume de assinar seus trabalhos com "Soli Deo Gloria". Seria louvor mais Cristão e mais Reformado. Mas o ideal é não tentar sofisticar demasiadamente aquilo que no original sempre foi simples como uma pequena vila de pescadores, como um batismo nas águas de um rio, simples como um sermão no topo de um monte, dedicado aos bem aventurados e humildes pobres de espírito.

Soli Deo Gloria


terça-feira, 3 de junho de 2025

Em defesa das respostas corretas

Disse uma vez um destro escritor: "Chegará o dia em que espadas serão empunhadas para provar que a grama é verde e o céu é azul." Eu diria uma Única Espada, mas Deus queira, muitas trombetas...

"Não estás longe do Reino de Deus" Mc 12.34 disse Nosso Senhor a um Escriba que lhe respondeu sabiamente. Que Deus nos ajude a sempre responder corretamente ao próximo, conforme a Sua Palavra, "Lâmpadas para meus pés, Luz para meu caminho".

Uma resposta correta é necessariamente uma verdade, e toda verdade provém de Deus, já disse também outro homem sábio. De fato, se há um tempo determinado para todas as coisas, como saber quando plantar e quando arrancar? quando edificar e quando derribar? quando ajuntar e quando espalhar as pedras? quando abraçar e quando se afastar? O que seria de nós, se nosso Bondoso Deus não nos providenciasse uma resposta correta para cada uma de nossas perguntas vitais? Como nós econtraríamos este abençoado caminho estreito, confusos diante de tantos espaçosos atalhos pelos quais uma multidão enganada caminha a passos também largos rumo aos abismos deste mundo? Como nós O encontraríamos se Ele não nos dissesse onde está, através de piedosos servos que nos ministram a Sua Santa Palavra? Certamente foi por esse motivo que nosso misericordioso Deus, cuja bondade é para sempre, nos deu este livro, o livro de Deus ou como bem disse Charles H. Spurgeon, "o deus dos livros", para que nos ouvíssemos de nosso Eterno Rabi, as respostas corretas. Tole, lege!

Honremos pois as respostas corretas em comunhão com aqueles que também as receberam de Deus, não as forcemos para debaixo dos alqueires, dos sussurros, das catacumbas... constrangidas pelo escárnio das respostas erradas. Pelo contrário, ajudemos a proclamá-las, como se fôssemos trombetas tocadas por arautos de Deus, do alto dos telhados. (Is. 40.9)


Wagner. 




segunda-feira, 2 de junho de 2025

Línguas Estranhas

"Meu nome é Lázaro e eu vivo."

Se eu pudesse escolher outro em meu novo nascimento, o meu nome já seria este:

Lázaro.

Mas não,  criado na zona leste desta terra da garoa,  me chamo Wagner, nada a ver comigo!

Se pelo menos fosse Johann Sebastian Bach... da Silva, vá lá.

Por estes dias pedi uma refeição pelo telefone e ao dizer meu nome, a atendente, uma senhoura muito gentil me indagou muito disposta como se fosse retórica, a pergunta:

— Vagner com V de vitória?! eu porém, lhe respondi de pronto:

— Não! Com DÁBLIU de "Uóschiton"!

Ela caiu na gargalhada.

Línguas estranhas.



Como Abrir uma Bíblia

Apesar de acreditarmos com fervor que a Igreja é Fundamental na vida do Cristão, nosso foco neste espaço nunca foi defender esta ou aquela b...